Piloto do programa de entrega Microhub pode enviar pacotes com problemas de estacionamento

Nova York tornou-se lentamente uma cidade de compras on-line, e o congestionamento interminável da 9ª Avenida costuma ser um reflexo direto dos efeitos colaterais mais confusos das calçadas do boom do comércio eletrônico. Mas, à medida que outro horário de entrega do Prime Day se aproxima, um novo programa piloto do Departamento de Transportes (DOT) visa tornar o processo de remessa mais suave, seguro e ambientalmente sustentável por meio da implementação de uma série de microhubs de encomendas "última milha".

O DOT instalará até 20 centros de distribuição locais pela cidade neste verão como parte da primeira fase de seu piloto de microhub. A agência implementará os microhubs - definidos como "um espaço localizado dentro do direito de passagem público ou privado onde as mercadorias são transportadas por vários operadores de veículos de carga maiores para veículos menores, de baixa emissão e elétricos, ou modos de tração humana ( por exemplo, bicicletas de carga, carrinhos de mão) para entrega final" — em uma variedade de configurações projetadas para direcionar caminhões para fora do estacionamento duplo.

“Os nova-iorquinos estão recebendo mais entregas do que nunca e estamos buscando maneiras criativas de tornar essas entregas mais limpas, seguras e eficientes, reduzindo o número de caminhões de entrega em nossas estradas”, disse o comissário do DOT, Ydanis Rodriguez, em um comunicado. O programa visa melhorar o processo de entrega por meio de microhubs com melhor segurança de pedestres e entregadores, melhorias na qualidade do ar e poluição sonora, bem como eficiências operacionais como menos dinheiro gasto em combustível e pedágios. “Esses centros ajudarão a organizar melhor as entregas de última milha e apoiar a recuperação econômica de pequenas e grandes empresas à medida que emergimos da pandemia”, disse Rodrgiuez.

Mais de 80 por cento dos nova-iorquinos recebem pelo menos um pacote por semana, e até 18 por cento recebem pacotes quatro ou mais dias por semana, de acordo com o DOT, com 90 por cento das entregas da cidade transportadas por caminhões - que, deixados sem espaço para carregar e descarregar mercadorias, muitas vezes estacione em dobro (criando congestionamento) ou estacione em ciclovias ou faixas de pedestres (como evidenciado na recém-instalada "supercalçada" da 9th Avenue).

"Com o aumento desenfreado de entregas via caminhão mudando drasticamente nossa paisagem urbana, é fundamental que encontremos maneiras de reduzir os impactos negativos à segurança, ao meio ambiente e à qualidade de vida", acrescentou o presidente do distrito de Manhattan, Mark Levine. “Conforme descrito em meu plano de comércio eletrônico no ano passado, aumentar o número de zonas de carregamento, fazer a transição para métodos de transporte mais ecológicos e ativar o espaço fora da rua para gerenciar entregas tornará a complexa rede de entrega de Nova York mais sustentável, tanto ambiental quanto logisticamente”.

Os espaços cairiam em três categorias:centros de distribuição fora da rua(com estacionamento para caminhões, segurança, disponibilidade 24 horas por dia e banheiro para funcionários, estações de carregamento e Wi-Fi),espaços públicos fora da rua(com parqueamento, arrecadação e lugares de carga) ecápsulas (espaços sob pontes, em parques ou garagens com estacionamento e carregamento de bicicletas elétricas compatível com FDNY). Cada um dos microhubs é projetado para suportar a transferência de encomendas de caminhões para veículos menores e mais ecológicos, como e-bikes, vans elétricas, carrinhos de mão e bicicletas manuais de carga.

O DOT planeja usar a primeira fase para instalar hubs, coletar dados e refinar estratégias de operação antes de sua segunda fase de 2024-2026, onde a agência expandirá hubs e parceiros de entrega, observará possíveis mudanças regulatórias e experimentará diferentes tecnologias. e projeto de infraestrutura para finalizar um programa permanente no final de 2026.

A proposta piloto inicial da agência foi desenvolvida usando feedback de organizações comunitárias, operadores de tecnologia, veículos e frete, bem como dados de outros programas de transporte semelhantes em cidades de entrega de alto volume, como Londres, Paris, Seattle, Filadélfia e Washington, DC. Em DC, onde um programa piloto de 2019 removeu o estacionamento na calçada para permitir zonas de entrega reserváveis, houve uma redução de 64% no estacionamento duplo, enquanto um piloto de Londres em 2021 utilizando reserva de aplicativo relatou um aumento de 21% na produtividade do motorista de entrega devido ao tempo economizado de em busca de pontos de carregamento.